domingo, 5 de maio de 2013



Uma janela qualquer. Quer dizer, qualquer para eles, para mim é a janela.


    "Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."

    Extraído do poema Tabacaria  de Álvaro de Campos -
    http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php

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