Uma janela qualquer. Quer dizer, qualquer para eles, para mim é a janela.
- "Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."
Extraído do poema Tabacaria de Álvaro de Campos -
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php
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